Depois de comandar o golpe parlamentar, deputado afastado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) conseguiu colocar de joelhos o interino Michel Temer e
seu sucessor na Câmara, Rodrigo Maia; Cunha mandou avisar que não admite
ser cassado; para ele, Temer e os partidos que apoiam o seu governo lhe
devem gratidão por ter deflagrado o golpe; caso seja ignorado, ameaça
reagir; não é a toa que a votação da sua cassação ficou para 12 de
setembro, após o impeachment e numa segunda-feira, dia de quórum fraco;
para o jornalista Kennedy Alencar, adiar a votação sobre Cunha "mostra
que o governo e boa parcela da Câmara temem segredos que Cunha possa
tornar públicos" e "uma clara articulação para facilitar a vida do
ex-presidente da Câmara".
brasil247