Na opinião de vários observadores políticos, a senadora Ana Amélia
(PP-RS), em seu pronunciamento ontem, exagerou nas suas colocações à
favor do impeachment, chegando à deixar o presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF) de “saia justa” por ocasião da sessão no plenário
do Senado Federal, nesta última terça (09), oportunidade em que votava o
relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).
Em dado momento, a senadora ficou emocionada e disse “Esse processo é
legal e a presidente cometeu crime sim. É tão verdade que o presidente
do STF está aqui presidindo os trabalhos e vários ministros do Supremo
já declararam que o impeachment é um processo legal e esse não é
diferente dos demais. A presidente tem que ser afastada
definitivamente”.
O presidente do Supremo Tribunal Federa (STF), ficou pasmo com as
declarações. Pelo menos deixou transparecer isso claramente para todo
Brasil, já que a citada sessão estava sendo transmitida pela televisão.
Segundo as mesmas informações, essa atitude de Ana Amélia, misturando
emoções com ódio e afirmando na tribuna da Casa, que até o Supremo já
teria uma opinião formada sobre o impeachment da presidente afastada
Dilma Rousseff, acabou gerando um certo estranhamento por parte da
população.
A declaração com muita veemência da senadora, redundou em uma onda de
boatos nas redes sociais e em outros veículos de comunicação.
Comentários sobre a credibilidade do STF no citado processo, também foi
colocada em dúvida.
Se milhares de pessoas já tachavam o Supremo como uma Instituição acovardada, agora as dúvidas aumentaram astronomicamente.
Diante de fatos registrados ontem, o presidente da Suprema Corte,
Ricardo Lewandowski, passa a absolver automaticamente uma outra tarefa
extremamente complicada, ou seja, a de provar que o STF não tem qualquer
opinião formada em relação ao processo de impeachment antes da
conclusão do mesmo.
Segundo os observadores políticos, o silêncio do nobre presidente por
ocasião da declaração da senadora, colocou em “xeque” o verdadeiro
papel do Supremo em relação ao fato que é exatamente julgar com
absoluta isenção, principalmente a parte Jurídica.
Como um homem preparado, de reputação ilibada como o ministro Ricardo
Lewandowski, que preside uma sessão e sequer analisa a decisão do
Ministério Público Federal (MPF) que foi claro ao dizer que não houve
crime de responsabilidade fiscal, nas chamadas pedaladas fiscais? Isso é
no mínimo estranho, na opinião de várias pessoas com quem conversamos
hoje, inclusive, com deputados federais que presidiram a CCJ, quando
Aécio Neves era presidente da Câmara.
Outro fato destacado por comentaristas políticos de várias partes do
país, é o ato de um relatório totalmente político, elaborado por um
senador do (PSDB), partido que tem gritado em alto e bom som a sua
adversidade política com o PT e especialmente com a presidente afastada.
Sinceramente, tenho medo que o Supremo Tribunal Federal (STF), que é
ainda considerada por uma parte da população como a Corte que oferece
garantia para se fazer justiça nesse país, possa se transformar em uma
Instituição sem credibilidade, perante a maioria do povo brasileiro,
depois do impeachment de Dilma.
O trabalho para que isso não aconteça, está nas mãos do presidente da
Corte e do processo de impedimento da presidente afastada, no caso, o
ministro Ricardo Lewandowski, para que o STF não se coloque em meio
aquela frase popular: Todos calçam 40, ou 45, ou quem sabe 15?
Será possível que um homem de reputação ilibada, como o ministro Lawandowski, que está deixando a presidência do STF, e diga- se de passagem, cargo que vem exercendo com maestria, competência e honradez, venha à ser julgado e nivelado pela população brasileira, à um Eduardo Cunha ou um Michel Temer e receba também a patente de Capitão do Golpe?
Será possível que um homem de reputação ilibada, como o ministro Lawandowski, que está deixando a presidência do STF, e diga- se de passagem, cargo que vem exercendo com maestria, competência e honradez, venha à ser julgado e nivelado pela população brasileira, à um Eduardo Cunha ou um Michel Temer e receba também a patente de Capitão do Golpe?
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Matéria do Jornalista Gil Silva