No concerto das nações, o golpe foi explicitado

Beto Barata/PR: <p>Rio de Janeiro - RJ, 05/08/2016. Presidente em Exercício Michel Temer e o Governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão durante cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Foto: Beto Barata/PR</p>
Pesquisas já haviam apontado que o povo não engolira o golpe contra a presidente Dilma Rousseff, mas a prova dos nove seria a recepção da comunidade internacional ao governo interino, escreve o colunista Robson Sávio Reis Souza; ele destaca que apenas somente 18 chefes de estado estavam presentes na cerimônia de abertura da Olimpíada no Maracanã; "Os poucos presentes eram de países sem relevância no concerto das Nações. A ausência dos líderes dos BRICS, por exemplo, deixa claro o estrago que um golpe provoca nas relações internacionais", observa; "E como se não bastasse tamanho desdém da comunidade internacional, os poucos líderes presentes evitaram se encontrar com Temer. E mais: autoridades convidadas a ocupar a área reservada ao presidente interino recusaram a 'honraria'", acrescenta; para o colunista, o acontecimento "não deixa nenhuma dúvida: os democratas que estão lutando em prol da democracia no país ganharam a narrativa acerca do golpe".
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