O presidente Michel Temer parece ser refém do ministro Geddel Vieira.
Tudo o que acontece, que Geddel dá uma explicaçãozinha ao presidente ou no seu twitter, Temer diz que está tudo ok.
Foi assim ontem quando o ministro Marcelo Calero entregou o cargo
alegando que estava sendo pressionado por Gddel para cometer
ilegalidade.
Temer disse que Geddel se explicasse.
Geddel disse que se explicou.
E o Brasil seguiu feliz para sempre…
Ou quase sempre.
Hoje Calero reiterou tudo o que falou ontem.
E falou mais do que falou ontem.
Marcelo Calero reiterou hoje que o principal motivo para sua saída
foi a pressão que sofreu de Geddel para que ele, em nome do Iphan
(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), liberasse um
empreendimento imobiliário em Salvador, numa área de preservação, onde
Geddel comprou um apartamento.
“Não desejo isso pra ninguém. Estar diante de uma pressão política,
diante de um caso claro de corrupção. Venho aqui de cabeça erguida e
peito aberto. Desde o primeiro momento eu fui muito claro, que nada fora
do script, do roteiro, iria acontecer. Nem que isso custasse eu sair do
ministério. Tenho uma responsabilidade com as pessoas em nome de um
projeto”, disse o ex-ministro ao repórter Nicolás Satriano, do G1 RJ.
“É um mundo à parte. Pensei: ‘Esse cara é louco, esse cara é maluco’.
Parece que muitas vezes essa classe [política] tem um descolamento
totalmente alheio à situação das pessoas”, criticou Marcelo Calero em
entrevista ao G1.
O ex-ministro disse que o presidente sabia do caso.
“Eu não vou entrar em agressão pessoal contra o ex-ministro. Não sei
qual é a razão para ele estar agindo assim” disse o ministro, ao G1, por
telefone.
Porém, não disse qual é a razão.
Marcelo Calero é o quinto ministro do governo Temer a cair.
Geddel deve ser o sexto.
Se não for…que caia Temer.