Encabeçada pelo PT, a oposição prepara um combo de ações para evitar que
a demissão de Geddel Vieira Lima esfrie a crise no Planalto. Nesta
segunda, um grupo de parlamentares vai à PGR pedir que Rodrigo Janot
investigue Michel Temer por três crimes comuns, a partir do que admitiu
ter dito a Marcelo Calero relacionado ao prédio na Bahia: prevaricação,
concussão (exigir vantagem indevida em razão do cargo) e advocacia
administrativa (usar o cargo para patrocinar interesse privado).
A entrevista do ex-ministro Marcelo Calero ao Fantástico foi
devastadora para o governo de Michel Temer, que já está nas cordas; além
de reiterar que foi pressionado por Temer e por Eliseu Padilha, chefe
da Casa Civil, a atender um interesse privado do ex-ministro Geddel
Vieira Lima, ele deu a entender que gravou Padilha numa situação
constrangedora, mas que não poderia confirmar para não atrapalhar as
investigações da Polícia Federal; a Temer, que o chamou de indigno, por
ter feito as gravações, ele mandou um recado: "o servidor público tem
que ser leal, mas não pode ser cúmplice"; ele também repetiu que Temer
pediu a ele que aceitasse as pressões ilegítimas de Geddel, ao dizer que
"a política tem dessas coisas"; para continuar respirando por
aparelhos, Temer terá que demitir Padilha – de preferência, antes que
apareçam as gravações.
Os comentários são da Thaisa Galvão, coluna Painel e do brasil247.