Foto: Renato Araújo / Agência Brasil
Familiares de presos que aguardavam a visitação se queixaram do que
disseram ser "regalias" da ex-governadora Rosinha Garotinho, que
conseguiu visitar o marido. Lucineia Santos, de 56 anos, disse que há
seis meses espera a carteirinha da Secretaria de Administração
Penitenciária para visitar o filho adotivo. "É uma diferença enorme
entre a gente e a mulher do Garotinho, que chegou e entrou. Meu filho,
que também está doente, cheio de ferida no corpo, não consigo visitar.
Hoje, talvez consiga por que contratei um advogado, mesmo não tendo
dinheiro, que está tentando resolver as coisas para mim lá dentro",
afirmou a técnica de enfermagem. A mãe de um detento, que não quis se
identificar, disse que a espera para entrar no presídio leva quase que
um dia inteiro. "A gente chega aqui às 5h30, que é a hora que eles
começam a distribuir a senha. Às 7h30, botam a gente no local de espera.
Só conseguimos entrar lá para o meio dia", afirmou. A Secretaria de
Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que, como para
qualquer outro interno do sistema penitenciário, é possível que seja
autorizada uma visita extraordinária. Esse pedido deve ser feito pela
família do preso à direção da Seap. No caso de Garotinho, foi autorizada
a visita de Rosinha, para a entrega de medicamentos, e a de um médico
particular. Garotinho está internado no Hospital Penitenciário Hamilton
Agostinho Vieira de Castro e está sendo acompanhado por cardiologista da
própria Seap.