A história é cômica. A jornalista curitibana Francielly
Azevedo, de 24 anos, está de férias em Natal. Nesta semana, seguindo à
risca o manual do turista na cidade, foi à praia de Ponta Negra e tomou
um susto quando viu sua foto. Ela era a propaganda que ilustrava o
carrinho de crepe de um dos vendedores que trabalhava no local. A
história foi relatada por ela na sua conta no Facebook e contada pelo Paraná Portal.
O rapaz havia oferecido o produto a ela, que estava sentada na
praia. Ela recusou. Ele parou dois metros à sua frente e, então, ela
percebeu a imagem. "Levantei e gritei 'sou eu, sou eu' e o rapaz não
acreditou", contou ela em entrevista ao Paraná Portal.
Ela saiu para procurar a foto em algum local com internet wi-fi
para mostrar ao vendedor, mas ele havia fugido quando ela retornou.
Então, Francielly começou a caminhar pela praia o procurando. "Quando
fui chegando perto o rapaz começou a correr. E eu corri atrás. Depois
ele me disse que correu porque achou que eu chamaria a polícia e que o
carrinho era o único sustento", disse.
"Eu perguntei como ele tinha minha foto, o rapaz respondeu que
colocou 'crepe francês” no google e depois de uma busca pela Internet
achou", relatou.
A foto foi tirada em 2013, quando a jornalista trabalhava na
emissora de TV da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e produziu uma
reportagem sobre o comércio de crepe francês. No dia, pediu para o
amigo cinegrafista Giovanny Belchior fazer a foto - a mesma que
encontrou estampada no carrinho em Ponta Negra.
"Eu me achei louca quando vi. Tinha tomado umas cervejinhas, até
achei que fosse o álcool", brincou a jornalista em entrevista ao Paraná
Portal.
Francielly Azevedo levou o uso não-autorizado do comerciante numa
boa, mas achou a coincidência incrível. "O louco é isso. Porque foto a
gente sabe que o povo pega. Não é para ser normal, mas pega. Mas a
probabilidade de eu, de Curitiba, achar o carrinho em Natal", analisa.
Se Francielly levou a questão numa boa, o dono do carrinho, no
entanto, ficou desesperado ao perceber que encontrou a "modelo" de sua
divulgação na praia. "O moço ficou com medo que eu chamasse a polícia e
pediu pelo amor de Deus, porque o carrinho era a única coisa que ele
tinha. Aí só pedi para fazer uma foto", conta. "Eu vendi os direitos por
quatro crepes", brincou.