Milhares de pessoas participaram ontem sábado (21), no centro
de Washington, capital dos Estados Unidos, da Marcha das Mulheres contra
Donald Trump, novo presidente norte-americano, e suas anunciadas
políticas contra os direitos das mulheres e outras minorias sociais,
como imigrantes.
Motivada pelas reiteradas declarações machistas de Trump e
de seus colegas do Partido Republicano e pelas propostas do governo de
diminuir o acesso de mulheres a direitos reprodutivos como contracepção e
aborto, a manifestação também se opõe à intenção do atual presidente de
anular o Obamacare, programa de saúde de seu antecessor, e aos
retrocessos em temas como mudanças climáticas.
Em apoio à manifestação em Washington, outras marchas de
mulheres estão sendo realizadas em várias cidades dos Estados Unidos e
do mundo, como Londres, Amsterdã, Atenas, Genebra, Roma e Estocolmo. As
líderes do movimento estão convidando não apenas as mulheres, mas
pessoas de todos os gêneros e idades a participar do movimento.
O primeiro ato de Donald Trump, que tomou posse nessa
sexta-feira (20), foi a retirada do “ônus econômico” do plano de
assistência médica à população dos Estados Unidos, que tinha sido
aprovado pelo ex-presidente Barack Obama.
Além da marcha pela capital norte-americana, as líderes do
movimento estão promovendo shows de artistas e discursos de
personalidades artísticas ou políticas que se destacaram em defesa de
causas sociais ou direitos civis. Esses discursos e shows estão
ocorrendo em uma área próxima ao Capitólio, prédio do Congresso
norte-americano, mesmo local onde Trump tomou posse. A marcha começa
nesse local e prossegue até as imediações da Casa Branca.