A situação da Segurança Pública no Rio Grande do Norte pode piorar
nos próximos dias. A Polícia Militar está com manifestação marcada para hoje (14), na Governadoria, onde policiais discutirão
reivindicações a serem feitas ao Governo do Estado referentes a
condições de trabalho e remunerações. Em paralelo ao ato, familiares dos
policiais militares também farão mobilização no local. Segundo
representantes dos PMs, será discutida uma possível paralisação nos
serviços.
Proibidos por lei de realizarem greve, os policiais militares cobram melhorias nas estruturas de trabalho, equipamentos, implementação de promoções e pagamento das promoções já efetivadas, além do pagamento do nível remuneratório, que prevê reajuste de 3% a cada três anos nos vencimentos dos policiais. Segundo o presidente da Associação dos Cabos e Soldados, Roberto Campos, nada disso tem sido feito.
“Trabalhamos em péssimas condições, mas damos nossa contribuição da melhor maneira à sociedade. Temos uma grande responsabilidade, mas não recebemos o reconhecimento. Muitas vezes, policiais somente em uma viatura tomam conta da área de todo um batalhão, sem falar que falta até munição. Isso não pode continuar e chegamos ao limite”, disse Roberto Campos, afirmando ainda que os soldados do Rio Grande do Norte têm o salário entre os piores do Brasil (R$ 2,9 mil bruto).
Além dos problemas de ordem financeira e também estrutural, a associação cobra medidas que seriam tomadas sem custos para o Governo, como a determinação do fim das prisões administrativas nos quartéis, que são as sanções determinadas por superiores dentro da PM para subordinados que cometeram faltas disciplinares.
“É uma legislação ultrapassada e até agora nada foi feito para modificá-la. Todos lembram do caso de um tenente que deu voz de prisão a um sargento porque ele se recusou a empurrar uma viatura aqui em Natal. A lei é ultrapassada e subjetiva. É preciso que se acabe com esse tipo de coisa”, explicou Roberto Campos.
Para cobrar ações que melhores as condições de trabalho e o reconhecimento aos policiais, haverá a mobilização do dia 14. A situação do Espírito Santo, onde familiares supostamente estariam impedindo a saída dos policiais dos batalhões, será discutida como uma possibilidade a se repetir no Rio Grande do Norte. Apesar do caos que tomou conta do sul do território capixaba com a paralisação dos trabalhos dos policiais militares, a ACS afirma que o movimento é das famílias dos policiais e recebe o apoio da categoria em todo o país.
“Governo se exime de responsabilidade (no ES) e a Polícia do Brasil inteiro, vários estados, estão programando as próprias mobilizações. Essa situação está estourando porque chega um tempo que não dá mais. O que aconteceu lá pesa muito em nossa decisão, mas é para a população ver que a irresponsabilidade do Governo poderá levar a sociedade a uma situação dessa”, disse Roberto Campos.
Ainda de acordo com o presidente da ACS, as mulheres dos policiais farão um ato paralelo por iniciativa própria, também no dia 14. Segundo ele, “é possível que o movimento das esposas queira repetir aqui no estado o que ocorre no Espírito Santo”. “Não entendemos que foi greve. Entendemos que foi um movimento de familiares”, disse.
*ACS PM RN- barrigudanews-jornalatromba
Proibidos por lei de realizarem greve, os policiais militares cobram melhorias nas estruturas de trabalho, equipamentos, implementação de promoções e pagamento das promoções já efetivadas, além do pagamento do nível remuneratório, que prevê reajuste de 3% a cada três anos nos vencimentos dos policiais. Segundo o presidente da Associação dos Cabos e Soldados, Roberto Campos, nada disso tem sido feito.
“Trabalhamos em péssimas condições, mas damos nossa contribuição da melhor maneira à sociedade. Temos uma grande responsabilidade, mas não recebemos o reconhecimento. Muitas vezes, policiais somente em uma viatura tomam conta da área de todo um batalhão, sem falar que falta até munição. Isso não pode continuar e chegamos ao limite”, disse Roberto Campos, afirmando ainda que os soldados do Rio Grande do Norte têm o salário entre os piores do Brasil (R$ 2,9 mil bruto).
Além dos problemas de ordem financeira e também estrutural, a associação cobra medidas que seriam tomadas sem custos para o Governo, como a determinação do fim das prisões administrativas nos quartéis, que são as sanções determinadas por superiores dentro da PM para subordinados que cometeram faltas disciplinares.
“É uma legislação ultrapassada e até agora nada foi feito para modificá-la. Todos lembram do caso de um tenente que deu voz de prisão a um sargento porque ele se recusou a empurrar uma viatura aqui em Natal. A lei é ultrapassada e subjetiva. É preciso que se acabe com esse tipo de coisa”, explicou Roberto Campos.
Para cobrar ações que melhores as condições de trabalho e o reconhecimento aos policiais, haverá a mobilização do dia 14. A situação do Espírito Santo, onde familiares supostamente estariam impedindo a saída dos policiais dos batalhões, será discutida como uma possibilidade a se repetir no Rio Grande do Norte. Apesar do caos que tomou conta do sul do território capixaba com a paralisação dos trabalhos dos policiais militares, a ACS afirma que o movimento é das famílias dos policiais e recebe o apoio da categoria em todo o país.
“Governo se exime de responsabilidade (no ES) e a Polícia do Brasil inteiro, vários estados, estão programando as próprias mobilizações. Essa situação está estourando porque chega um tempo que não dá mais. O que aconteceu lá pesa muito em nossa decisão, mas é para a população ver que a irresponsabilidade do Governo poderá levar a sociedade a uma situação dessa”, disse Roberto Campos.
Ainda de acordo com o presidente da ACS, as mulheres dos policiais farão um ato paralelo por iniciativa própria, também no dia 14. Segundo ele, “é possível que o movimento das esposas queira repetir aqui no estado o que ocorre no Espírito Santo”. “Não entendemos que foi greve. Entendemos que foi um movimento de familiares”, disse.
*ACS PM RN- barrigudanews-jornalatromba