O Grupo João Santos, de Pernambuco, que produzia o cimento Nassau e
detinha 13% do mercado do produto no Brasil, decretou, oficialmente, sua
falência no fim desta semana.
Em suas 12 fábricas, no Norte, Nordeste e Sudeste do país – inclusive
uma em Mossoró, no Rio Grande do Norte – a Nassau produzia 6,4 milhões
de toneladas de cimento por mês.
Mas o Grupo João Santos não era só cimento. Era um império que tinha
usinas de açúcar e etanol, fábricas de papel e celulose e uma rede de
comunicação, a Rede Tribuna, presente em Pernambuco e no Espírito Santo.
A crise no grupo econômico foi instalada logo após a morte do
patriarca e fundador do império, o empresário pernambucano João Pereira
dos Santos.
Ele morreu de infarto, em 15 de abril de 2009, aos 101 anos.
A briga familiar pelo controle do grupo, que levou à falência do
império, teve de um lado Fernando Santos, José Bernardino Santos e Maria
Clara Santos, filhos de João Santos, e de outro, as irmãs de João
Santos, Ana Maria Santos e Rosália Santos, além de Alexandra, Rodrigo e
Maria Helena, filhos do primogênito João Santos Filho, morto em 1980 num
desastre de avião no Paraguai.
Em 2010, o patrimônio do conglomerado era avaliado pelo mercado em R$ 5 bilhões.