Juiz federal Sérgio Moro disse ser praticamente impossível encontrar e
punir os autores dos vazamentos de delações premiadas e que as
investigações para identificar os responsáveis são "quase como se fosse
uma caça a fantasmas"; ele destacou, ainda, que a apuração "fica
comprometida por questões jurídicas", ligadas ao direito ao sigilo de
fontes de jornalistas e a liberdade de imprensa, que são assegurados
pela Constituição; Moro também disse não ver conflito ético nas fotos em
que aparece sorridente ao lado do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que é
investigado pela Lava Jato pela suspeita de ter recebido R$ 50 milhões
em propinas pagas pelas empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez; "Não
tenho nenhum processo do senador na minha responsabilidade porque ele
tem foro privilegiado e não foi tratado sobre assuntos relativos ao
processo, evidentemente", afirmou.
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