Em 16 de junho de 1927, nasce em João Pessoa – Paraíba, Ariano Vilar Suassuna – o pai do “Movimento Armorial”.
O filho de Rita de Cássia Vilar Suassuna e de João Suassuna nasceu no
Palácio da Redenção, porque o pai, na época, era presidente da Paraíba –
um cargo que foi extinto na Constituição de 1937 e que atualmente é
ocupado pelo governador do estado.
Um ano depois do nascimento de Ariano Suassuna, o pai deixou o
governo e se mudou com a família para o Sertão. E foi na fazenda Acauã
que o amor pela cultura nordestina começou a tomar forma e esculpir na
alma de Ariano o que viria a ser a pedra fundamental para o “Movimento
Armorial”– uma atividade cultural que desabrochou, em 1970, em Recife,
com a missão de desenvolver formas e expressões populares tradicionais
nordestinas.
Ariano foi muitas coisas. Dramaturgo, poeta, romancista. Formado em
Direito, foi também professor. Foi ainda secretário de Cultura de
Pernambuco, membro da Academia Paraibana de Letras e membro da Academia
Pernambucana de Letras.
Ariano Suassuna também se dedicou a prosa de ficção. Foi ensaísta e
autor de obras importantes que deram força e forma ao Movimento Armorial
e inspiraram outras formas de expressão e arte como: o Auto da
Compadecida, O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do
Vai-e-Volta.
Engraçado, simpático e irreverente transformou a “improvisação” em
sua marca registrada na produção teatral. Na construção também se meteu.
Em São José do Belmonte, onde ocorre a cavalgada inspirada no Romance
d’A Pedra do Reino, construiu um santuário ao ar livre, com 16
esculturas de pedra, cada uma com três metro e meio de altura,
dispostas em círculo, representando o sagrado e o profano.
Ariano Suassuna fez de tudo um pouco e tudo que fez, fez muito
bem-feito. Mas o que Ariano mais fez foi defender a cultura do nordeste
brasileiro.
Ele morreu em Recife – Pernambuco, em 23 de julho de 2014.
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