Eu, cidadã brasileira em 2017
ÀS vezes é raiva,
às vezes é indignação e revolta.
ÀS vezes é vontade de largar tudo
com um Phoda-se berrado por dentro.
ÀS vezes é um susto,
muitas outras, decepção.
Às vezes é um sentimento estranho,
doido, maluco, de rir e de chorar.
De vez em quando
bate um ódio tão grande
que chega a apertar o peito,
esquenta o corpo de um jeito
que se tem que levantar da cadeira
e sair pra lavar louça ou varrer a casa.
Muitas vezes é uma vergonha civil
brasileira, rebublicana,
uma vontade de apagar tudo,
de esconder a cabeça
entre os travesseiros e ficar ali quieta,
até esquecer que se tem um país.
Mas às vezes, só às vezes,
(e é o pior de tudo, o mais grave,
o mais fatal)
é essa tristeza tão profunda,
tão perigosa e abrangente
que faz com que tudo perca o sentido,
que faz com que nada valha à pena,
quando nada mais realmente importa
e que faz a gente questionar
a nossa vontade de lutar,
e até mesmo... (que absurdo!),
de vencer.
No fim de tudo, essa tristeza pergunta:
Vencer quem, vencer o quê, vencer pra quê?
ÀS vezes é raiva,
às vezes é indignação e revolta.
ÀS vezes é vontade de largar tudo
com um Phoda-se berrado por dentro.
ÀS vezes é um susto,
muitas outras, decepção.
Às vezes é um sentimento estranho,
doido, maluco, de rir e de chorar.
De vez em quando
bate um ódio tão grande
que chega a apertar o peito,
esquenta o corpo de um jeito
que se tem que levantar da cadeira
e sair pra lavar louça ou varrer a casa.
Muitas vezes é uma vergonha civil
brasileira, rebublicana,
uma vontade de apagar tudo,
de esconder a cabeça
entre os travesseiros e ficar ali quieta,
até esquecer que se tem um país.
Mas às vezes, só às vezes,
(e é o pior de tudo, o mais grave,
o mais fatal)
é essa tristeza tão profunda,
tão perigosa e abrangente
que faz com que tudo perca o sentido,
que faz com que nada valha à pena,
quando nada mais realmente importa
e que faz a gente questionar
a nossa vontade de lutar,
e até mesmo... (que absurdo!),
de vencer.
No fim de tudo, essa tristeza pergunta:
Vencer quem, vencer o quê, vencer pra quê?
Por Denise Rohloff