Em nota oficial, a Presidência da República afirma que a investigação que levou à prisão de amigos do presidente Michel Temer (MDB) usa métodos totalitários para obter testemunhos que possam servir de peças de acusação, e tenta retirar o presidente da vida pública. A nota diz também que as investigações seriam uma resposta de forças obscuras ao anúncio de candidatura de Temer.
O texto, divulgado no fim da tarde desta sexta-feira, é a primeira manifestação oficial de Temer depois da deflagração da Operação Skala, que investiga supostas irregularidades no Decreto dos Portos, editado em 2017 pelo governo. Na ação, foram presos o advogado José Yunes, amigo e ex-assessor do presidente; e o dono da empresa Rodrimar, Antônio Greco; além de outros aliados como o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) Wagner Rossi; e o coronel da reserva João Baptista Lima Filho.
Ontem, ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, já tinha afirmado que haveria um “complô” e que os “canhões da conspiração” tentam inviabilizar a candidatura de Temer. Nesta sexta-feira, Temer desistiu de ir a São Paulo e se encontrou com seu advogado Antonio Claudio Mariz em Brasília.
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