O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso mal poderia esperar que no dia em que completaria 88 anos o maior presente de grego de sua história fosse dado por um jornalista americano radicado no Brasil. Glenn Greenwald despedaçou a máscara de FHC com apenas um golpe: a revelação de sua blindagem judicial pela Lava Jato.
As mensagens trocadas entre o ex-juiz Sérgio Moro e os procuradores Roberson Pozzobon e Deltan Dallagnol, entre outros, escancaram mais uma vez a tinta política com que a Lava Jato escreveu seus pareceres e decisões.
Procuradores chegam a ficar empolgados com a possibilidade de desmantelar um esquema de corrução pesada no Instituto FHC, mas veem suas expectativas frustradas porque Moro não queria ‘melindrar’ um político que lhe emprestava apoio.
O volume de revelações chega a ser chocante. FHC teve a sua ‘aura’ artificial de presidente-intelectual acima do bem e do mal cara à elite brasileira totalmente devastada pela amperagem explosiva das conversar por aplicativo de integrantes da Operação Lava Jato.
Nas transcrições, é possível depreender que Sergio Moro não faz a mínima questão de esconder o fato de que é, concretamente, o coordenador da operação – assim como também o juiz que irá julgar.
Fica patente mais uma vez que a covardia imposta ao ex-presidente Lula teve requintes de crueldade e omissões gravíssimas que visavam preservar seu adversário político para criar um clima de demonização de apenas um segmento do espectro partidário brasileiro, bem como todo o seu significado.
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