O jornalista norte-americano Glenn Greenwald fez uma análise no Twitter sobre o que aconteceu nesta sexta-feira 13 em relação à cobertura da imprensa no que diz respeito ao resultado do teste de coronavírus de Jair Bolsonaro.
A Fox News noticiou a princípio que o teste de Bolsonaro deu positivo para o coronavírus, com base em informações que teriam sido passadas pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente. Eduardo negou pouco depois pelo Twitter.
Em seguida, a Fox confrontou a versão do deputado, reafirmando que ele havia dado entrevista à emissora com a versão do teste positivo.
“Tão bizarro o que está acontecendo no Brasil. O movimento Bolsonaro - incluindo seus filhos - está gritando FAKE NEWS! contra repórteres da mídia que noticiaram que o filho de Bolsonaro confirmou que o teste era positivo”, escreveu Glenn no Twitter.
“O problema? O relatório veio da Fox, que eles adoram”, acrescentou o jornalista, resgatando uma declaração de um repórter da Fox, John Roberts, que afirmou: “Depois de contar à Fox que seu pai fez um teste POSITIVO preliminar para coronavírus, Eduardo Bolsonaro agora conta à Fox que o teste foi negativo. Bolsonaro diz que entrou em contato com a Casa Branca”.
“Mas, diferentemente dos veículos brasileiros, os conservadores adoram Fox. Então a questão é se a Fox defenderá seu jornalismo?”, indaga Glenn a seguir.
Em um terceiro tuíte, Glenn compartilha uma entrevista concedida por Eduardo à própria Fox, em que ele afirma que o teste havia dado negativo. “Cara Fox e John Roberts, aqui está o filho de Bolsonaro, diretamente em sua própria rede, chamando-o explicitamente de mentiroso e insistindo em que você inventou seu principal furo: alegando que ele nunca disse que o teste de seu pai era positivo, nunca soube de um primeiro teste”.
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