O primeiro dia de greve dos trabalhadores do sistema público de transporte de Natal afetou a vida de milhares de pessoas. Por toda a capital, diversas paradas de ônibus ficaram lotadas durante toda esta segunda-feira (22). Segundo os especialistas em saúde, as aglomerações precisam ser evitadas para impedir o avanço no contágio do novo coronavírus.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro), a categoria paralisou as atividades por tempo indeterminado, após sucessivas tentativas de diálogo junto ao prefeito de Natal, Álvaro Dias, e às empresas do setor. Os trabalhadores exigem a manutenção dos cobradores nos veículos e o pagamento de benefícios, como vale-alimentação e plano de saúde.
Durante a manhã, apenas 12 veículos da empresa Cidade do Natal circularam pela capital, segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU). O número ficou bem abaixo do que foi preconizado pelo órgão municipal, que delimitou uma porcentagem de 43% da frota circulando. Isso representa 243 ônibus, de acordo com a STTU.
Para reduzir as aglomerações, a STTU informou que permissionários do transporte alternativo, veículos do serviço escolar e táxis da Grande Natal foram autorizados a operar nos itinerários das linhas dos ônibus urbanos da cidade.
De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos do Rio Grande do Norte (Seturn), o movimento grevista é inoportuno no atual momento de abrupta crise econômica, onde o setor de transportes da capital perdeu 70% do seu faturamento. Segundo a entidade, o Sintro quer “aproveitar-se da fragilidade social e das empresas do setor para discutir o aumento de salários muito acima da inflação”. As empresas alegam que, além dos benefícios trabalhistas, os rodoviários também pedem 8% de reajuste salarial.
agorrn
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