A implosão do gabinete do ódio, milícia digital comandada pelos filhos de Jair Bolsonaro para espalhar mentiras e ataques a adversários políticos, pelo Facebook deve dar novo gás às investigações sobre fake news que vêm sendo conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal e pela Câmara dos Deputados.
"A oposição requereu ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes que investigue a ligação de assessores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), seus filhos e aliados com 73 contas falsas derrubadas pelo Facebook", aponta reportagem de Renato Onofre, publicada na Folha de S. Paulo. "Moraes é o relator do inquérito que apura a existência de uma rede organizada para propagar ataques às instituições e disseminar fake news", lembra o jornalista, que diz que o grupo implodido pelo Facebook é "tutelado" pelo vereador Carlos Bolsonaro.
“É uma confirmação necessária e reforça o que investigamos até aqui”, diz a deputada Lídice da Mata (PSB-BA), relatora da CPI das fake news. “Falta agora ação do WhatsApp para chegarmos aos autores de disparos em massa que vem atacando covardemente a honra das pessoas e das nossas instituições”, afirmou o deputado Ângelo Coronel, que preside a Comissão.
Saiba mais em reportagem da Reuters:
(Reuters) - O Facebook suspendeu nesta quarta-feira uma rede de contas na rede social que a empresa disse ter sido usada para espalhar mensagens políticas de desinformação por assessores do presidente Jair Bolsonaro e de dois de seus filhos.
A empresa afirmou que, apesar dos esforços para disfarçar quem estava por trás da atividade, foram encontrados vínculos com as equipes de dois parlamentares, assim como de assessores do presidente e de seus filhos Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que é deputado federal, e Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que é senador.
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