Reportagem de Fabio Leite na Crusoé informa que o Ministério Público de São Paulo quebrou os sigilos bancário e fiscal do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e encontrou transferências milionárias entre contas controladas por ele.
Agora, o MP-SP tenta avançar sobre as suspeitas de lavagem de dinheiro.
“Crusoé teve acesso com exclusividade a uma petição judicial na qual o Ministério Público de São Paulo lista volumosas transações financeiras feitas por Salles. Elas podem elucidar as duas investigações abertas pela Promotoria por improbidade administrativa e abrir uma nova frente na esfera criminal, para apurar indícios de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Dados da quebra de sigilos bancário e fiscal autorizada pela Justiça mostram que o ministro repassou 2,75 milhões de reais da conta de seu escritório de advocacia para a sua conta pessoal, em 54 transferências feitas entre 2014 e 2017.
Nesse período, ele exerceu dois cargos públicos na gestão do ex-governador paulista Geraldo Alckmin, do PSDB, e atuou como advogado na iniciativa privada. O que mais desperta a atenção é que 250 mil reais foram transferidos entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro de 2014, quando ele ainda era secretário particular de Alckmin no governo e estava afastado da advocacia.”
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