O presidente Jair Bolsonaro e o vice Hamilton Mourão tiveram uma amarga derrota na noite desta terça-feira (30) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A corte decidiu, por 4 votos a 3, reabrir o processo de cassação da chapa por ataque cibernético o grupo virtual “Mulheres unidas contra Bolsonaro”, que passou a se chamar “Mulheres com Bolsonaro #17” durante a campanha de 2018.
O julgamento de hoje reabriu a fase de coleta de provas de duas ações contra a chapa Bolsonaro-Mourão, propostas elas campanhas dos então candidatos à Presidência da República Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL).
De acordo com as ações no TSE, a campanha do então candidato do PSL ao Palácio do Planalto em 2018 hackeou no Facebook o grupo “Mulheres unidas contra Bolsonaro”, que reunia 2,7 milhões.
Segundo o Estadão, o entendimento do TSE frustrou o governo, que esperava o arquivamento imediato dessas ações, consideradas menos perigosas para o mandato do presidente da República.
O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, deu o voto de desempate que selou a sorte do julgamento. Ele considerou o ataque cibernético nas eleições passadas como um fato grave, que deve ser investigado, sim.
“Isso é quase um sequestro, um assalto, você admitir que alguém possa invadir um site. É você invadir o site alheio e desvirtuar a manifestação legítima que na política deve haver para todos os lados. A ideia de que alguém possa não suportar o adversário a ponto de violar o seu espaço de liberdade de expressão para deformá-lo, usar para coisa completamente oposta”, disse o magistrado.
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