A Câmara dos Deputados rejeitou na noite desta terça-feira a PEC do voto impresso, numa derrota ao presidente Jair Bolsonaro em uma matéria que gerou polêmica e uma crise institucional entre os Poderes da República.O placar registrou 229 votos a favor da Proposta de Emenda à Constituição e 218 contra. Houve uma abstenção. Como se trata de uma PEC, para ser aprovada, a matéria precisaria do voto de 308 dos 513 deputados.
Mesmo rejeitada em comissão especial da Câmara, a PEC foi levada ao plenário pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), na intenção de enterrar de vez o assunto. O deputado garante ter recebido de Bolsonaro o compromisso de acatar e respeitar o resultado que saísse da votação.Isso não quer dizer, no entanto, que Bolsonaro não insista em outras frentes relacionadas ao tema ou cesse ataques a autoridades.
Lira, que garante confiar na segurança do atual sistema de votação por meio de urnas eletrônicas, defende, por sua vez, o debate de uma ampliação do nível de auditagem das urnas entre os setores envolvidos.
"É importante que haja o bom senso de agora em diante por parte do Poder Executivo, por parte do Poder Judiciário, para que todos nós possamos nos sentar e escolher uma maneira racional, clara, objetiva de aumentarmos a transparência, a auditagem, as duvidas que por acaso possam pairar ainda em cima do sistema eleitoral e da forma como se conduz", disse Lira após a votação.
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