Empresas de mídia blindam Guedes e presidente do Banco Central dos Pandora Papers, a la Temer: 'Tem que manter isso daí'

 

Enquanto no mundo inteiro jornais destacam em suas primeiras páginas o escândalo dos Pandora Papers  vazamento de milhões de documentos de paraísos fiscais mostrando contas milionárias de empresários e políticos  aqui no Brasil os principais jornais ou mal tocam no assunto ou o tratam com evasivas.

Sim, creiam: os jornais brasileiros – os mesmos que enchem a boca para falar de ética e profissionalismo, fazem quase silêncio absoluto do que é manchete no mundo inteiro, e nos países que menos têm agentes públicos envolvidos com o escândalo do Pandora Papers, que revela contas e empresas em paraísos fiscais de chefes de estado, dirigentes de alto escalão e megaempresários.

Na nossa cota, nada mais, nada menos que o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Escândalo em letras para lá de acanhadas e palavras envergonhadas. Na Folha, o nome é “questionamento”; no Estadão os nomes são omitidos e em O Globo, a notícia nem existe na capa.

Para quem gosta tanto de falar na “censura comunista”, todos parecem prontos para editar um jornal na Coreia do Norte. [Tijolaço]
Isso acontece porque os donos dos grandes veículos têm sua fonte de renda no Mercado. Os jornais servem apenas para lobby, pressão em cima dos governos. Para eles, a situação está como nessa charge do Maringoni que ilustra a postagem, uma maravilha.
 
Morrem de medo da queda de Guedes, porque o lema do governo Bolsonaro foi dito pelo próprio num ato falho pitoresco, se não fosse cruel: "Nada está tão ruim que não possa piorar". É o lema do governo. Cada ministro que entra é pior do que o que sai.

Blog do Melo

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