o conservadorismo do presidente Bolsonaro, mas o que pouca gente sabe é que ele foi inspirado em um livro escrito por uma potiguar. A escolhida e comemorada temática “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil” teve como matriz o livro “Invisíveis: uma etnografia sobre brasileiros sem documentos”, da jornalista mossoroense Fernanda da Escóssia, editado pela Fundação Getúlio Vargas.
Fernanda é filha e neta de tradicionais jornalistas de Mossoró, Lauro Filho e Lauro da Escóssia, respectivamente. O avô cuida hoje da esposa Sílvia, acometida de Alzheimer avançado.
Hoje Fernanda é radicada no Rio de Janeiro, casada com o premiado jornalista Mário Magalhães, autor do livro “Mariguella: o guerrilheiro que incendiou o mundo”, que também foi inspiração para outro tema inflado nas redes sociais e que também sofreu tentativa de boicote pela Presidência: o recente filme Marighella, dirigido por Wagner Moura.
O livro de Fernanda da Escóssia traz como enredo uma mulher que precisa de cirurgia para tratar um câncer, mas foi rejeitada nos hospitais por não ter documentos. Outra que, à procura de sua certidão de nascimento, encontra a irmã de quem fora separada havia mais de vinte anos. É um livro que mergulha no cotidiano de exclusão de brasileiros indocumentados, ilegíveis pelo Estado, invisíveis em seu próprio país. O livro narra como a certidão de nascimento se torna um passo imprescindível no longo caminho da cidadania.
FONTE: thaisagalvao.com.br
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