O jornalista Mário Vitor Santos criticou a mídia corporativa, em especial o jornal O Globo, por omitir o depoimento do advogado Tacla Duran, que aponta o ex-juiz parcial e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o ex-procurador e deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) como extorsionários durante a Lava Jato. Segundo “Demorou quase 24 horas para a Globo suspender a censura sobre o depoimento”, apontou.
“É interessante ver como a censura do conglomerado Globo foi articulada. É como se viesse uma decisão do departamento interno de censura, ou seja, da direção do veículo dizendo assim: ‘sobre Tacla Duran, o depoimento feito ao juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba acusando Deltan Dallagnol e Sérgio Moro de praticarem extorsão e receberem recursos ou diminuirem a multa a ser paga pelo Tacla Duran, esse assunto nós não vamos comentar, não vai existir’. Isso é a demonstração maior do que é o jornalismo corporativo tradicional”.
Segundo Mário Vitor Santos, “mais importante é o que é omitido, o que é cortado do que aquilo que é publicado e veiculado”.
“É dessa maneira que os editores/censores agem: cortando todo o material que possa ser sensível e contrário aos interesses do veículo, aos interesses políticos. A Folha e o Estadão também omitiram ao enterrar o assunto em páginas internas, sem dar o devido destaque”, finaliza.
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