O ex-presidente da República e ex-senador Fernando Collor foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um processo da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda cabe recurso, e o tempo de pena não foi definido.
Na última semana, o Supremo já tinha formado maioria pela condenação de Collor, mas ainda faltavam votos a serem computados. O fim do julgamento aconteceu nesta quinta-feira (25), após seis sesões.
Segundo a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR), enquanto dirigente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o ex-presidente teria recebido R$ 20 milhões em vantagens indevidas após fazer indicações políticas para a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, entre 2010 e 2014.
A condenação aconteceu por oito votos favoráveis contra apenas dois contrários. Os ministros ainda não definiram a pena, o que só deve acontecer após se esgotarem todas as fases de recursos. O relator, ministro Edson Fachin, propôs 33 anos e 10 meses de prisão.
A defesa de Collor, um dos apoiadores mais entusiasmados de Jair Bolsonaro (PL) em seus últimos meses de governo, alega que as acusações da PGR não se sustentam pois foram feitas com base em depoimentos de delação premiada. Os advogados alegam, ainda, que faltam provas.
Edição: Rodrigo Durão Coelho
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