O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrará com o Papa Francisco nesta quarta-feira, no Vaticano, para debater possíveis soluções para o conflito na Ucrânia, segundo informa o jornalista Nelson de Sá, em sua coluna na Folha de S. Paulo. Após nove dias de internação hospitalar, o pontífice recebeu alta no final de semana, sendo aplaudido pelos presentes, como relatado pelo La Repubblica. Durante seu discurso dominical na Praça de São Pedro, no Vaticano, Francisco destacou o "grande sofrimento" causado pelas guerras na Uganda e na Ucrânia, conforme divulgado pelo site católico Crux.
Lula e o Papa já haviam abordado o assunto em uma ligação telefônica, na qual, de acordo com o jornal italiano Il Messaggero, o presidente brasileiro recebeu a bênção papal para atuar como pacificador na área do Brics, buscando exercer influência moral sobre Índia, Rússia, África do Sul e China.
O encontro entre Lula e Francisco, marcado para quarta-feira (21), tem como objetivo discutir a guerra na Europa e os esforços conjuntos para mediar a paz. Embora haja alinhamento entre as posições do Papa e dos líderes do Brics em relação à Ucrânia, o vaticanista John L. Allen Jr., em análise para o Crux, ressalta que Francisco não será um mero "capelão" do grupo, destacando a postura de neutralidade tradicional do Vaticano.Nesse contexto, a visita de Lula ao Papa ganha relevância, pois o presidente busca apoio internacional para suas iniciativas em relação à guerra e também para enfrentar desafios como a proteção da Amazônia, a promoção da justiça social e o estímulo ao crescimento sustentável, temas que se entrelaçam com a luta global contra as mudanças climáticas.
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