Alçado por Jair Bolsonaro (PL) e Paulo Guedes à presidência do Banco Central em fevereiro de 2019, após fazer carreira no banco Santander (que comprou o Bozano Simonsen, onde começou a trabalhar em 1996), Roberto Campos Neto está no centro do debate político por favorecer instituições financeiras e, segundo o presidente Lula, "trabalha para prejudicar o país".
Neto de Roberto Campos, ministro do Planejamento na Ditadura Militar (1964-1967), o atual presidente do Banco Central é alvo de uma representação do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) para apurar suposto conluio com bancos e operadoras do mercado financeiro.
O esquema teria gerado lucros milionários com a especulação sobre dados econômicos, em especial as projeções de inflação pelo boletim Focus, publicação semanal do BC que reúne expectativas periódicas do mercado.
Segundo o subprocurador-geral Lucas Furtado a definição da Selic leva em consideração essas publicações que, por sua vez, seriam influenciadas pelos interesses de instituições privadas (leia-se: lucros). Para o subprocurador a prática pode abrir um precedente para a manipulação dos índices econômicos do país, como a Selic, em detrimento do interesse público. Caso seja comprovada as suspeitas, Campos Neto poderá ser exonerado da Presidência do Banco Central antes do fim de seu mandato, em fevereiro de 2025.
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Fonte: Revista Forum - Jornal a tromba
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