Estão todos admirados com o número de prefeitos (apenas 8) eleitos em 2008 e cassados pela Justiça eleitoral por compra de votos ou outros crimes.
Por esta data em 2005 o RN já tinha pelo menos 20 prefeitos procurando terra nos pés, como Macau, Afonso Bezerra, Martins, Lagoa D’Anta, Governador Dix Sept Rosado...
O que temos em 2009, ano pós-eleição, é uma redução drástica no número de prefeitos cassados nas 167 prefeituras do Rio Grande do Norte.
E esta redução nada tem a ver com a redução da compra de votos ou da conscientização do cidadão em não vender seu voto. É o contrário.
Nas cidades pequenas, onde não tem promotor e quase sempre também não tem juiz eleitoral, a compra de votos é aberta, escancarada, descarada, absurda...
Compra-se de família inteira, por valores que vai de R$ 500,00 a até R$ 5 mil. Foi assim em Umarizal, Itaú, Paraú, São Francisco do Oeste e os prefeitos estão lá.
E nestas cidades, não por coincidência, os prefeitos estão massacrando os seus eleitores, pois a eles não devem nada. Pagou pelo voto e, portanto, age como donos da Prefeitura.
Exemplo I: Em Itaú, o prefeito Edson Melo estava distribuindo medicamentos comprados em 2007 e 2008 (com prazo de validade vencido há tempos), apesar de ter comprado cerca de R$ 300 mil em medicamentos em 2009.
Exemplo II: Em Paraú, o prefeito De Assis, formou uma quadrilha, falsificou documentos públicos usando o cargo de prefeito e pegou R$ 342 mil do Banco Matone em 2007. Por outro lado, desprezou a Educação, que até as crianças comiam merenda mofada.
Portanto, não é nada de outro mundo terem cassado oito prefeitos no RN. Na verdade, se a Justiça em Pau dos Ferros, Umarizal, Apodi e Campo Grande fossem mais ágeis, com juízes e promotores na Comarca, o número não seria somente oito. Passava de 30 e ainda era muito pouco para o cenário que se formou no interior.
Publicado por Evanio Araujo
Jornalista desde 1986, trabalhou no Diario do Rio Doce, em Minas Gerrais, Jornal da Cidade, Jornal da Paraiba, Radio Borborema, Jornal Porta Voz e Jornal a Tromba.
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