A primeira metade do Campeonato Brasileiro chega ao final com o Palmeiras na ponta da tabela e o Sport Recife segurando a lanterna. Mas muita coisa ainda há de mudar. Não tem nada definido.
Até o Palmeiras pode perder esse hipotético título do primeiro turno porque tem dois jogos a mais que o Inter e pode ser ultrapassado. Mas isso também não vale coisa alguma, a não ser para mostrar com que cara seu time vai recomeçar a caminhada.
O Sport, por exemplo, será que vai se acomodar no fim da fila?
Morava no Recife em 2008, quando o Leão foi campeão da Copa do Brasil. Pela estrutura que tem, pelo elenco que praticamaente não mudou e pela torcida bairrista e apaixonada que o acompanha, cheguei a pensar que o Sport, de fato, era um time grande.
Ainda bem que não há espaço para propaganda enganosa no futebol. Até agora, duas equipes encantam e surpreendem os grandes: o vice-líder Goiás e o Avai, que não perde há nove rodadas e está em sexto. O Avai principalmente, porque é um time desconhecido e de baixíssimo custo.
Há quem diga que "dinheiro não é tudo, mas é 100%". A frase debochada é do cearense Falcão, aprendiz de "filósofo" que ganha a vida falando uma bobagem atras da outra.
Talvez isso não se aplique no mundo do futebol. Não deve chegar nem perto de R$ 1 milhão a folha mensal de todo o time Avai. Ronaldo Fenômeno, sozinho, ganha mais que isso no Corinthians.
Exemplo de dinheiro mal empregado vem do Fluminense. No começo do ano investiu em três grandes reforços: Fred (R$ 350 mil de salário); Leandro Amaral (R$ 280 mil) e Thiago Neves (R$ 270 mil).
O máximo que conseguiu até agora foi um aproveitamento de 26% e a vice-lanterna do campeonato.
Longe daqui, nos Estados Unidos, o metrossexual britânico David Beckham ganha US$ 42 milhões por ano e é, segundo a revista Forbes, o futebolista mais bem pago do mundo.
Ele deve dar algum tipo de retorno ao seu clube, o Los Ángeles Galaxy, que, tecnicamente, não passa de um Barueri engravatado.
E já que estamos falando de custo/benefício no futebol, um tema que pode suscitar boa polêmica é o próprio Palmeiras, dono da melhor campanha até agora.
Recorde-se que, para chegar à liderança do Brasileirão, o clube utilizou três técnicos. Conquistou 12 pontos com Wanderley Luxemburgo; 16 com o interino Jorginho; e 9 com Muricy Ramalho.
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