Pela primeira vez na nossa história, uma mulher é eleita para a presidência da República
Dilma Rousseff é a presidenta eleita do Brasil. Às 20h deste domingo 31 de outubro, com 89% dos votos apurados, ela tem 55,307% dos votos válidos e não pode mais ser alcançada por José Serra.
Ela será a primeira mulher a assumir o cargo na história do País. A maioria dos brasileiros decidiu pela continuidade do governo Lula. Ele será sucedido por aquela que coordenou seu ministério nos últimos anos e que foi escolhida candidata pelo próprio presidente.
Para se eleger, Dilma viveu a campanha eleitoral mais nefasta do Brasil pós-ditadura. Teve que enfrentar uma grande aliança que uniu seu maior adversário aos principais grupos de comunicação do País. Respondeu a uma pauta de discussões que ultrapassou os limites do conservadorismo – a religião e o aborto tomaram um espaço que jamais poderiam ter ocupado numa eleição de um país democrático.
Enfrentou todo o tipo de preconceitos, principalmente o de gênero: sempre foi qualificada pelos opositores como uma simples marionete de Lula. Sua coragem de enfrentar a ditadura militar no apogeu da juventude foi atacada incessantemente como sinônimo de terrorismo.
Teve de se explicar também sobre problemas reais do seu governo, de seu partido e aliados. Problemas que terá de enfrentar e resolver no seu governo para ganhar a confiança daqueles que não conquistou agora.
Por fim, enfrentou suas próprias fragilidades e limitações, amplificadas pela comparação permanente com Lula, o maior fenômeno da história política do país e entre os maiores do mundo.
A população brasileira quer agora que ela continue o combate à pobreza e à miséria no País, quer uma país mais justo. Parabéns e boa sorte, presidenta Dilma Rousseff.
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