O PSDB vira um ninho de cobras


Serra e Aécio no centro da divergência.

Com o título “De quem é o PSDB?”, eis um dos destaques da revista Carta Capital da semana:

A posse dos novos deputados federais e senadores, em 1o de fevereiro, marcou também o fim das férias da oposição. Iludiu-se, porém, quem espera a apresentação de uma agenda de contraposição ao governo Dilma Rousseff. Em vez disso, a plateia assiste a um bate-boca entre os grupos que disputam a hegemonia no PSDB e em seu satélite, o DEM. Alguns lances poderiam ser confundidos com brigas familiares no subúrbio, o que levou um gaiato e experiente senador a sugerir a Carta Capital que, por trés das cenas explíticas de descortesia, talvez esteja uma estratégia das legendas de se aproximar das massas.
A contenda parece favorável a Aécio. Enquanto Serra conta com o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e a velha simpatia da mídia, em especial a paulista, o senador mineiro acumula cada vez mais força no tucanato, tem a preferência inconteste das lideranças que hoje importam no DEM e transita bem em alas do governismo – PSB, PDT e PP apreciam seu estilo.
Além disso, unicos pela aversão a Serra, Aécio e o governador paulista Geraldo Alckmin teriam feito um acordo: trabalhar em conjunto para enterrar o serrismo e dividir o comando da legenda. Antes desconfortável no PSDB, a ponto de discutir no ano passado sua desfiliação, o neto de Tancredo parece ter o ninho à sua inteira disposição. Tanto que a boataria sobre quem poderia deixar o partido se inverteu. Agora é Serra quem teria cogitado sair, espalha-se na praça.

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