“Sete dos 11 membros do STF (Supremo Tribunal Federal) já
deram apoio à constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, que valerá a
partir das eleições municipais deste ano. Até agora o placar é de 7 a 2,
restando dois ministros a se pronunciar: Celso de Mello e o presidente
da Corte, Cezar Peluso. Se forem mantidas as opiniões até a proclamação
do resultado, vários políticos brasileiros que renunciaram ao cargo ou
foram condenados por órgãos colegiados da Justiça serão banidos por pelo
menos oito anos.
Nesta quinta-feira (16), os ministros Marco Aurélio de Mello, Ricardo Lewandowski e Carlos Ayres Britto se somaram a Luiz Fux, Joaquim Barbosa, Rosa Weber e Cármen Lúcia na defesa do mecanismo que barra candidatos condenados por órgãos colegiados da Justiça. Gilmar Mendes divergiu do relator e juntou-se a Dias Toffoli, alegando que a presunção de inocência até o julgamento final é afetada pela lei. A sessão ainda não acabou.
Ministro Ayres Britto
No voto decisivo, o ministro Ayres Britto afirmou que a Lei da Ficha
Limpa “está em total compatibilidade” com preceitos constitucionais.
Segundo ele, a Constituição brasileira deveria ser mais dura no combate à
imoralidade e à improbidade. “Porque a nossa história não é boa. Muito
pelo contrário, a nossa história é ruim”, disse. Para o vice-presidente
da Corte, o mecanismo visa “mudar uma cultura perniciosa, deletéria, de
maltrato, de malversação da coisa pública, para implantar no país o que
se poderia chamar de qualidade de vida política, pela melhor seleção,
pela melhor escolha dos candidatos, candidatos respeitáveis”.
(Folha.com)
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