Em todo o país, movimentos
sociais, trabalhadores e sindicatos promoveram manifestações em defesa
da Petrobras, pela reforma política e contra a recente política de
ajustes fisicais. Integrantes de centrais sindicais como a Central
Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem
Terra (MST) convocaram manifestações para hoje (13) em 25 capitais do
país.
Em Natal, Uma grande multidão participou do Ato Nacional em defesa da Petrobras, dos Direitos e da Reforma Política, organizado pela Central Única dos Trabalhadores. O evento que aconteceu ontem (13), reuniu diversas centrais sindicais, movimentos estudantis, integrantes do Movimento Sem Terra, que chegaram em um ônibus, jovens do movimento Kizomba e políticos do Rio Grande do Norte durante caminhada pelas ruas do Centro da cidade.
A manifestação estava com concentração marcada para as 14h, mas só
começou por volta das 15h, em frente à Catedral de Natal. Manifestantes
chegaram cantando grito de guerra a favor do governo.
A caminhada seguiu pela Avenida Deodoro da Fonseca, entrando pela rua Apodi, depois pela Avenida Rio Branco e acabou na Praça Sete de Setembro, deixando o tráfego lento. A Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU) esteve no local para desviar o trânsito. Cerca de 50 policiais militares acompanhavam o movimento a pé, com reforço de oito viaturas e 20 motos do CPRE, além de 20 homens do Batalhão de Choque que realizaram o acompanhamento.
O Sindicato dos Servidores Municipais de Natal (Sinsenat) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte) também se juntaram ao ato.
Para Soraya Godeiro, presidente do Sinsenat, o movimento sindical está nas ruas para defender o processo eleitoral, para não aconteça um retrocesso nas conquistas. “Se há necessidade de ajuste fiscal no país, que seja feita através da cassação das grandes fortunas, e não recaia sobre nas costas da classe trabalhadora”, afirma.
Segundo Fátima Cardoso, presidente do Sinte, a privatização da
Petrobras pode trazer prejuízos à educação. "É um momento da gente não
permitir que a Petrobras venha ser privatizada, uma vez que os royalties
do petróleo, pré-sal e o gás devem hoje fazer parte de investimentos na
área de educação e se privatizada, certamente não nós não teremos esse
recurso", diz.
Taxistas que trabalhavam próximo reclamaram do ato, afirmaram que
perderam vários clientes e que deveriam ter deixado uma via alternativa
para que eles pudessem trabalhar. "Eu e alguns colegas de trabalho
deixamos de fazer corridas porque não tínhamos por onde sair. Querem
fazer o protesto, tudo bem, mas sem impedir os outros de trabalhar",
reclamou o taxista João de Souza.
Na Avenida Rio Branco policiais da Rocam apreenderam um facão, que estava de posse de um manifestante.
O ato percorreu tranquilo até chegar próximo à sede da prefeitura, quando uma equipe da InterTV Cabugi foi cercada por um grupo de manifestantes, que gritavam “O povo não é bobo, abaixo a rede globo”. A equipe se afastou até a chegada da policia militar.
Os integrantes do movimento se dispersaram por volta das 17h30.
Em São Paulo,
o ato terminou por volta das 19h, sem o registro de incidentes. Os
manifestantes se concentraram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo
(Masp) logo após o meio-dia e começaram a caminhar até a Praça da
República, no centro da capital, por volta das 15h30. De acordo com os
organizadores, cerca de 50 mil pessoas participaram da manifestação. A
Polícia Militar (PM) estimou 12 mil participantes. A manifestação reuniu
integrantes da CUT, do MST, da União Nacional dos Estudantes (UNE) e de
outros movimentos sociais e sindicais, além de cerca de 10
mil professores da rede estadual de ensino, que se juntaram à passeata
após terem decidido em assembleia entrar em greve a partir da próxima
segunda-feira (16).
No Rio de Janeiro,
terminou por volta de 17h30 o ato em defesa da Petrobras e de apoio à
presidenta Dilma Rousseff. Os manifestantes carregavam bandeiras de
diversos movimentos sociais, centrais sindicais e partidos políticos de
esquerda. Havia representantes da Central dos Sindicatos Brasileiros,
Federação Única dos Petroleiros e União da Juventude Socialista; UNE,
União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) e Levante Popular da
Juventude.
Confira imagens dos protestos pelo país neste 13 de março
Ato em defesa da Petrobras, do governo e pela reforma política no Rio de Janeiro
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Em Brasília, a manifestação começou por volta das 17h, na Rodoviária do Plano Piloto, na área central da cidade. Com
bandeiras das centrais sindicais e do Partido dos Trabalhadores (PT),
os manifestantes deram voltas na rodoviária com palavras de ordem a
favor da presidenta Dilma Rousseff, da Petrobras e contra a oposição. Segundo os organizadores, cerca de 1,5 mil pessoas participaram do evento. A Polícia Militar contabilizou 800.
As manifestações em defesa da Petrobras e pela reforma política ocorreram também em estados das regiões Norte e Nordeste.
Em Salvador, o ato ocorreu na parte da manhã e teve a presença do
ex-presidente da estatal Sergio Gabrielli. Em Fortaleza, a manifestação
ocorreu na Praça da Imprensa, no bairro Aldeota. Os participantes
seguiram em passeata pela Avenida Desembargador Moreira e pediam também
uma reforma política.Em Alagoas, 5 mil pessoas, segundo a CUT local, e
1,8 mil de acordo com a PM, participaram de uma passeata pelas
principais ruas de Maceió. A manifestação teve a presença de caravanas
do interior do estado.
No Acre, por causa da enchente que atinge parte da capital em função
do transbordamento do Rio Acre, a manifestação ficou restrita aos locais
de grande circulação de pessoas, como áreas comerciais e o Terminal
Urbano de Rio Branco. De acordo com a CUT do estado, 50 pessoas
participaram do ato. No Amapá, a forte chuva que atingiu pela manhã na
capital, Macapá, obrigou a organização do movimento a alterar a
programação. Em vez de percorrer algumas ruas da cidade, os
manifestantes se concentraram pela manhã na Praça da Bandeira. O evento
reuniu cerca de 300 pessoas, segundo a CUT.
Já na capital mineira, Belo Horizonte, a CUT local informou que a
manifestação começou por volta das 16h e saiu da Praça Afonso Arinos
rumo à Praça Sete. Além da CUT, A CTB, o MST, e outros movimentos
sociais, além de movimentos estudantis, também participaram do ato. A
CUT estima que cerca de 5 mil pessoas tenham comparecido ao ato.
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