Ministério Público acredita que lista de denunciados na Sinal Fechado ainda pode crescer

           

Foto: Novo Jornal
 
Do Novo Jornal – A lista de denunciados da operação Sinal Fechado, hoje na conta dos 30 nomes, ainda deve crescer um pouco mais. Isso será possível graças à delação premiada celebrada entre o Ministério Público e o advogado e empresário George Anderson Olímpio da Silveira. E, ao contrário do que os áudios disponibilizados dão a entender, foi ele – o delator – quem procurou o Ministério Público para denunciar todo o esquema, apresentando inclusive áudios e outras informações complementares que colocam a delação dele como um diferencial para a investigação.
Sem esse “trabalho” em prol da investigação, feito por George Olímpio, o Ministério Público não estaria nem perto do atual patamar que atingiu nessa investigação.  Quem informa tudo isso é o próprio procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, que concedeu entrevista ao NOVO JORNAL na última quinta-feira, acompanhado do coordenador da PGJ, Afonso de Ligório Bezerra Júnior para esclarecer detalhes da Sinal fechado, ação que, em novembro de 2011 (após nove meses de investigação) revelou que todo o processo para implantação da inspeção veicular no Rio Grande do Norte foi feito com base em pagamento de propina e serviria ao beneficiamento de esquema liderado pelo empresário e advogado hoje mais conhecido por ter entregado todo o esquema.
De acordo com Rinaldo Reis e Afonso de Ligório, Geoge Olímpio negou “peremptoriamente” quando houve uma tentativa de celebrar o acordo de delação premiada. E que em nenhum momento – antes do segundo semestre de 2014 – o advogado deu sinais de que poderia aceitar alguma coisa do tipo. Mesmo assim – os áudios mostram – o advogado cuidou de gravar diálogos que hoje constituem as principais provas usadas nas denúncias.
“Ao que parece, ele estava se documentando para se um dia precisasse disso – para qualquer finalidade – ter os registros de todos os encontros e reuniões que ele tinha”, explica Rinaldo Reis. Apesar de não ter celebrado acordo nenhum com a instituição, George Olímpio fazia questão de frisar nos diálogos que os promotores estavam o tempo inteiro procurando-o para celebrar algum termo do tipo.
 
Marcos Dantas

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