Uma multidão ocupou na tarde de ontem (23) uma das duas
pistas da avenida Paulista. Elas participaram da Marcha da Maconha, que
defende a liberação do uso da droga. Os manifestantes deixaram o
vão-livre do Museu de Arte de São Paulo e caminharam até o Largo São
Francisco, onde fica a Faculdade de Direito da Universidade de São
Paulo.
Em defesa da legalização da erva e para protestar contra prisões e
mortes, envolvendo o que o movimento classifica de guerra às drogas, os
manifestantes usavam faixas e cartazes entre outros objetos. Por meio de
um trabalho artesanal de origami, feito em papel de seda, o grupo
confeccionou um rolo de cerca de seis metros para simbolizar um cigarro
de maconha aceso.
O evento em 33 cidades foi organizado por grupos que defendem a
droga. O historiador Júlio Delmanto contou que o tema deste ano é pela
liberdade de uso, legalização e contra as mortes. “A gente marchava para
poder marchar, mas depois que o STF [Supremo Tribunal Federal]
autorizou as manifestações a gente saiu da defensiva e nosso movimento
cresceu muito”. Segundo lembrou, em 2011, o STF garantiu o direito de as
pessoas se manifestarem em favor da legalização da droga. Para ele, a
proibição das drogas é o que leva a violência.