Natal e mais 21 cidades fazem manifestação em defesa de Dilma


Movimentos sociais e partidos políticos ligados às frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo promovem nesta quarta-feira (16), em 22 cidades, uma série de atos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Além disso, os manifestantes vão pedir o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo da Operação Lava Jato e de um processo no Conselho de Ética da Casa, além de mudanças na política econômica do governo federal. Natal será uma das capitais com manifestações a favor da presidente;
Arquivo TNLideranças do PT no RN convocam população para manifestação a favor de DilmaLideranças do PT no RN convocam população para manifestação a favor de Dilma

Na capital potiguar, a mobilização está marcada para as 15h, em frente ao shopping Midway Mall, no cruzamento das avenidas Bernardo Vieira e Salgado Filho/Hermes da Fonseca. Através das redes sociais, os dois principais nomes do PT no Rio Grande do Norte, o deputado estadual Fernando Mineiro e a senadora Fátima Bezerra, convocaram os correligionários à manifestação, tanto em Natal quanto em Brasília.

" Convidamos todas que lutam contra o patriarcardo e contra o machismo para participarem deste ato em defesa da Democracia, pois a luta pelo empoderamento das mulheres passa também pelo fortalecimento do mandato da primeira mulher eleita e reeleita Presidenta do Brasil", convocou Fátima Bezerra. "O ato se reveste de importância estratégica para os que não aceitam a volta ao passado. Será o momento decisivo de aglutinação dos mais amplos setores da sociedade no Fora Cunha, na defesa da democracia, contra o golpe e por uma nova política econômica", postou Mineiro.

Além da manifestação em Natal, diversas capitais também realizarão a manifestação. O maior evento será em São Paulo, onde a concentração começa às 17h no vão livre do Masp. Os organizadores evitam fazer previsões de público, mas têm como meta bater os 30 mil que foram à Avenida Paulista no domingo pedir o afastamento de Dilma.

"Para os defensores do impeachment, a mobilização não é fundamental, serve só para dar um ar de apoio popular. Para a gente é o contrário", disse Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP).

Entre os principais grupos engajados na manifestação estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Intersindical e partidos políticos como PT, PC do B, PDT, PCR e PCO.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que na semana passada chegou a dizer que estava à disposição para as manifestações em defesa do mandato de Dilma, não deve participar.

Os presidentes nacional e estadual do PT, Rui Falcão e Emidio de Souza, chegaram a sondar os organizadores sobre a presença de Lula, mas diante da possibilidade de que alguns deles fossem contrariados, abandonaram a ideia. Lula chegou a cogitar participar de um ato da Juventude do PT à noite, em Brasília, mas também desistiu.

Resposta

Os atos já estavam programados e ocorrem três dias depois das manifestações que ocorreram a favor do Impeachment, também em todo o Brasil. Em Natal, a manifestação contra a presidente reuniu 2,4 mil pessoas, segundo números divulgados pela Polícia Militar. Na ocasião, não foram registrados incidentes.
 
Tribuna do Norte