PMDB se vê constrangido diante do conteúdo das
mensagens do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, vazadas à imprensa; até o
momento, diálogos do executivo atingem alguns dos principais nomes da
legenda; o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, descrito como
"despachante" da OAS no Congresso, é o que mais aparece nas conversas; é
Cunha inclusive que, não saciado com os repasses da empreiteira, revela
a suposta participação do vice-presidente Michel Temer, e do seu braço
direito, o ex-ministro Moreira Franco, no recebimento de R$ 5 milhões da
OAS; ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves também atuou em
favor da OAS no TCU para evitar o bloqueio de recursos para a Arena das
Dunas, em Natal; entre 2008 e 2014, a OAS investiu R$ 197 milhões em
doações eleitorais, boa fatia destinada ao PMDB, cujos líderes condenam
avanços como a proibição de inheiro de empresas em campanhas.