Em setembro do ano passado, a imprensa brasileira
repercutiu com estardalhaço trechos do esboço de delação premiada de
Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da Petrobras; a acusação era
que a campanha de Lula em 2006 havia recebido R$ 4 milhões da Odebrecht
em contrapartida por obras na refinaria de Pasadena – o que mereceu até
capa da revista Época; agora, sabe-se, pelo Valor Econômico, que esta
informação não consta da delação oficial de Cerveró; ou seja: enquanto
negociava seu acordo, Cerveró esquentava as acusações; ao ter que falar
oficialmente, retirou a pimenta que fez a festa da imprensa engajada na
destruição de Lula e das empreiteiras nacionais.
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