A Secretaria de Estado de Estado da Saúde
Pública (Sesap), por meio da Subcoordenadoria de Vigilância
Epidemiológica enviou nota de alerta aos municípios quanto ao aumento
de casos de doenças diarréicas agudas (DDA), observado nas últimas
semanas no Rio Grande do Norte. De acordo com a técnica Zaira Santiago,
na semana epidemiológica Nº03/2016, “56% dos municípios que notificaram
no Sistema de Informação – Sivep DDA – apresentaram número de casos
acima do esperado para o período. Com isso, deve-se intensificar o
monitoramento das DDA (com notificação oportuna) e implementar as
medidas de controle necessárias”, explica.
As doenças diarréicas são causadas por diferentes agentes etiológicos
(bactérias, vírus e parasitas), cuja manifestação predominante é o
aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca
consistência. Pode ser acompanhada de náusea, vômito, febre e dor
abdominal. No geral, é auto-limitada, com duração entre 2 a 14 dias. As
formas variam desde leves até graves, com desidratação e distúrbios
eletrolíticos, principalmente quando associadas à desnutrição. O modo de
transmissão ocorre por via fecal-oral. Pode ser por contato pessoa a
pessoa, por meio de água e alimentos ou por objetos contaminados.
Zaira explica algumas formas simples de prevenção, como lavar sempre
as mãos antes e depois de: utilizar o banheiro, trocar fraldas,
manipular/preparar os alimentos, amamentar e tocar em animais. Também
recomenda que se lave e desinfete as superfícies, utensílios e
equipamentos usados na preparação de alimentos, assim como os alimentos e
as áreas da cozinha devem ser protegidas contra insetos, animais de
estimação e outros.
Também é necessário tratar a água para beber (por meio de fervura ou
colocar duas gotas de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de
água, mexer com colher e aguardar por 30 minutos antes de consumir),
guardar a água tratada em vasilhas limpas para evitar a recontaminação. O
hipoclorito é distribuído no Sistema Único de Saúde, por meio da
Atenção Básica.