O arbítrio de Moro e o guarda da esquina


"Depois que tudo acabar, quantos Moros surgirão e o que farão eles na 'democracia relativa' que está sendo permitida, numa reedição do eufemismo dos generais ditadores?"; a pergunta é da jornalista Tereza Cruvinel, colunista do 247; para ela, a manifestação ocorrida na tarde desta sexta na Avenida Paulista "expressa a discordância de uma parte do povo brasileiro com as violações a estatutos da democracia em nome do 'interesse público' quando o objetivo é indissimulável: viabilizar o afastamento da presidente Dilma, promover a aniquilação moral e política de Lula e encerrar o ciclo de governos que buscaram fazer um Brasil para todos, incluindo os que sempre alimentaram, como dizia Darcy Ribeiro, a 'máquina de moer gente' para proveito de poucos".