Até há poucas semanas, analistas políticos de todos os matizes
falavam, de forma pavloviana, sobre “morte política” de Lula e do PT e
sobre “queda irreversível” do governo Dilma Rousseff. Na semana que
finda, tudo mudou. E como mudou.
O que mais espanta no fenômeno que analisaremos aqui é a fragilidade
de um aparato golpista que tenta devolver o Poder à direita após 13 anos
de governos trabalhistas. Contando com órgãos de Estado como Ministério
Público, Polícia Federal e setores do Judiciário, com impérios de mídia
e com o grande empresariado, bastou uma reação um pouco mais
consistente e coordenada da esquerda para a conspiração golpista começar
a despencar.
Pesquisa Datafolha divulgada neste fim de semana revela uma situação
surpreendente e que nem o petista mais otimista poderia esperar: Lula,
alvo da maior e mais cara campanha difamatória de que se tem notícia no
século XXI – até então jamais fora dedicado esforço de mídia tão
avassalador a fim de desmoralizar alguém -, recuperou popularidade
justamente no momento em que os golpistas já comemoravam antecipadamente
a volta dos tucanos ao poder e a “destruição para sempre” do PT e do
maior líder político da história brasileira.
Apesar de todos já terem conhecimento desse fato, vale a pena rever –
quantas vezes for possível – o resultado da pesquisa Datafolha. Até
porque, a sondagem de intenções de voto para 2018 pelo Datafolha como se
estivéssemos em plena campanha eleitoral, apesar de estarmos no meio do
mandato de Dilma, diz muito sobre a intenção dos que desejam
derrubá-la.
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