Uma multidão passeou ontem (31) por
quatro quilômetros em Natal, protestando contra o "golpe",
e a favor da presidente Dilma Rousseff Dilma Rousseff. O número de participantes foi
estimado pela Secretaria de Segurança Pública (Sesed) do estado, mas os
organizadores falaram em 40 mil pessoas. O ato fez alusão aos 52 anos do
golpe militar de 1964, que ocorreu no dia 31 de março, e segundo a
Sesed reuniu outras 400 pessoas em Mossoró e 200 em Pau dos Ferros.
Militantes do Partido dos Trabalhadores (PT), partidos
de esquerda como o PC do B e PSOL, sindicalistas e movimentos sociais
reuniram-se com faixas, cartazes, instrumentos musicais e até
intervenções artísticas defendendo a presidente Dilma Rousseff e o
ex-presidente Lula. No movimento de hoje, havia, inclusive, juristas,
advogados representando integrantes do judiciário que também defendem o
governo.
Ao longo de quatro quilômetros, entre a Avenida Bernardo
Vieira e a praça da Árvore do conjunto Mirassol, eles entoaram músicas
remetendo à resistência à ditadura militar e a todo tempo usavam
palavras de ordem contra um suposto golpe que estaria sendo arquitetado
para retirar a presidente do poder, por meio de um processo de
impeachment e levar o ex-presidente Lula à condenação, acusado na
Operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de desvio
recursos da Petrobras, por meio de pagamento de propina.
Em frente à sede da Federação das Indústrias do estado
(Fiern), fizeram uma parada para cantar o hino nacional. O evento contou
com a presença de caravanas do interior como de Santa Cruz, João Câmara
e Canguaretama. Batuques, tambores, rodas de capoeira e até boi-de-reis
animaram a passeata. Diferente da última manifestação ocorrida em 18 de
março, a BR 101 foi ocupada ao longo de todo o trecho e ficou
interditada nos pontos por onde os militantes passavam. O trânsito
precisou ser desviado para vias adjacentes como as avenidas São José,
Jaguarari, Rui Barbosa e Prudente de Morais e também a Via Costeira. Ao
final os manifestantes realizaram apresnetações artistico-culturais na
praça da Árvore.
jornaldehoje