Um dia depois do afastamento de Romero Jucá, que caiu após vazarem os
áudios em que ele trata o impeachment como uma manobra para deter a
Lava Jato e "estancar essa sangria", num acordão que envolveria até
integrantes do Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes foi o
primeiro a falar e minimizou o caso; "Não vi isso", disse ele, ao ser
questionado sobre eventual tentativa de obstrução da Justiça; ele, no
entanto, admitiu ter bom relacionamento com o ministro licenciado; "Sou
uma pessoa que tenho bom relacionamento com o Jucá desde o governo
Fernando Henrique e ele nunca me procurou sobre isso"; nos diálogos com
Sergio Machado, Jucá disse ter falado com vários ministros do STF,
afirmando ainda que só seria possível conter o avanço da Lava Jato se a
presidente Dilma Rousseff fosse afastada do cargo; nesta terça-feira,
ele foi escolhido presidente do colegiado responsável pelo julgamento
dos processos oriundos da Lava Jato.