"Nesta sexta, a solução para o primeiro problema político grave de
Temer, a substituição de Eduardo Cunha na presidência da Câmara, gerou
um golpe dentro do golpe. Na próxima semana o presidente da Comissão de
Constituição e Justiça, Osmar Serraglio, aliado de Cunha, posto no cargo
para defender seus interesses, tentará aprovar um parecer técnico pelo
qual será necessária a eleição de um novo presidente da Câmara. O cargo
vem sendo ocupado, desde o afastamento de Cunha pelo STF, pelo
primeiro-vice-presidente Waldir Maranhão", informa Tereza Cruvinel,
colunista do 247; segundo ela, Maranhão, que sofreu todo tipo de ameaças
para recuar da decisão de anular o impeachment, o que acabou fazendo 24
horas depois, "está disposto a resistir se tentarem lhe tirar a
vice-presidência no tapetão".