A presidente Dilma Rousseff participou nesta quinta (2), no
Largo da Carioca, no centro do Rio de Janeiro, do ato "Mulheres Pela
Democracia", que reuniu mais de 20 mil pessoas; em seu discurso, ela
defendeu o protagonismo feminino e também voltou a atacar o governo
interino de Michel Temer; "Eu sei que sou um grande incômodo, porque
eles olhavam e diziam o seguinte: como eu sou mulher, eles acham que a
mulher é frágil. Não somos frágeis", disse. "No início, eles queriam que
eu renunciasse, para tirar o incômodo que é a minha presença, eu não
cometi nenhum crime de corrupção, eu não desviei dinheiro público, não
tenho conta na Suíça. Então era melhor eu renunciar. Porque não teria o
constrangimento de condenar uma pessoa inocente. Mas nós, mulheres,
temos uma imensa capacidade de resistir. Todas as mulheres anônimas
deste país resistem no dia a dia. A minha vida inteira eu lutei. Agora
eu tenho a honra de lutar pela democracia neste momento. Eu tenho que
lutar e zelar pela dignidade da mulher brasileira. Nós não somos
covardes. Nós mulheres somos corajosas", reforçou. "É fundamental para
que este país não tenha um deficit de civilização que as mulheres sejam
respeitadas por serem mulheres", frisou