"Titular de uma das mais robustas folhas corridas da política
brasileira, no Brasil de 2016 a prisão de Eduardo Cunha cumpre uma
função política – calar as persistentes críticas de parcialidade que
corroem Sergio Moro e a Lava Jato", escreve Paulo Moreira Leite;
"Preservado de qualquer acusação enquanto teve utilidade para encaminhar
o impeachment sem prova contra Dilma Rousseff, Cunha desembarcou em
Curitiba como uma ameaça ambulante a Michel Temer, cuja proximidade já
foi resumida por Romero Jucá numa frase inesquecível: 'Temer é Cunha';
segundo PML, "a partir de agora Cunha tornou-se imenso fator de
instabilidade para o Planalto".
Paulo Moreira Leite