Eu sabia que nesse angu tinha caroços de sobra…
Do Conjur
– Pela segunda vez neste ano, o desembargador João Pedro Gebran Neto,
responsável por analisar as ações sobre desvios cometidos em contratos
da Petrobras no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, é alvo de um
pedido de suspeição da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Novamente, os advogados de Lula querem saber o grau de
proximidade entre o julgador de segundo grau e o juiz Sergio Moro, da
13ª Vara Federal de Curitiba.
Dessa vez, os representantes de Lula — Roberto Teixeira, José Roberto
Batochio, Cristiano Zanin Martins e Juarez Cirino dos Santos — querem
saber se Moro é padrinho de batismo dos filhos de Gebran. Também
questionam se os julgadores foram padrinhos de casamento um do outro.
Por isso, pedem as certidões de batismo dos filhos do desembargador e de
casamento dos magistrados.
O pedido anterior da defesa de Lula contra Gebran sequer chegou a seranalisado
pelo TRF-4. Em agosto deste ano, a 8ª Turma da corte negou, por
unanimidade, recurso apresentado pelo ex-presidente Lula, que pedia nova
análise de questionamento feito a Gebran Neto sobre uma possível
relação pessoal entre os dois julgadores.
Antes disso, Gebran Neto já havia negado o questionamento que depois
foi novamente recusado pela 8ª Turma do TRF-4. Ele argumentou que
qualquer suspeita sobre a imparcialidade do julgador deve ser feita por
meio adequado: arguição de suspeição.
No novo pedido, os advogados de Lula destacam a necessidade de
transparência no devido processo legal, especialmente pelo seu caráter
constitucional.
“Ressalte-se que a ação em questão visa – justamente – ao julgamento
da suspeição de um magistrado, sendo certo que, a depender do grau, a
existência de relação de amizade íntima entre o Juiz antes excepto e o
aqui agora Excepto, Desembargador Relator da exceção de suspeição, pode
interferir, mesmo que de forma inconsciente, diretamente no julgamento
da causa.”
Suspeições para todos
Além de Gebran Neto, Moro foi alvo de novo pedido de suspeição no último dia 11 de outubro. Na solicitação, os representantes de Lula pedem que sejam chamados como testemunhas no caso o prefeito eleito de São Paulo, João Doria Junior (PSDB) e os deputados federais Paulo Teixeira (PT), Wadih Damous (PT), José Mentor (PT), Jandira Feghali (PCdoB) e Vanessa Grazziotin (PCdoB).
Além de Gebran Neto, Moro foi alvo de novo pedido de suspeição no último dia 11 de outubro. Na solicitação, os representantes de Lula pedem que sejam chamados como testemunhas no caso o prefeito eleito de São Paulo, João Doria Junior (PSDB) e os deputados federais Paulo Teixeira (PT), Wadih Damous (PT), José Mentor (PT), Jandira Feghali (PCdoB) e Vanessa Grazziotin (PCdoB).
Os procuradores que atuam nas investigações da operação “lava jato” também foram alvo de pedido de suspeição.
Os advogados de Lula usam como argumentos a coletiva de imprensa
marcada para apresentar a denúncia contra o ex-presidente. “Para aquele
evento, houve movimentação de recursos públicos para a contratação de
espaço em hotel, cerimonial, e complexa estrutura, que serviu, tão
somente, para apresentar hipóteses totalmente desvirtuadas da realidade,
com o único intuito de promover julgamento paralelo — midiático — dos
excipientes [Lula e sua mulher, Marisa Letícia].”
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