Entenda como fica as duas casas no camando de Alcolubre e Hugo Mota



As eleições das duas Casas do Congresso Nacional aconteceram ontem, sábado (1º) de feverriro 2025.

No Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito com 73 dos 81 votos. Na Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) foi escolhido presidente com 444 votos de 513 congressistas.

Além das presidências, outros cargos na estrutura do Congresso Nacional também sofreram alterações. As mesas diretoras foram definidas após a eleição dos novos chefes do Legislativo.


Mesa Diretora do Senado

No Senado, o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocuparão as vice-presidências.

A divisão dos cargos foi acordada pelas siglas que apoiaram Alcolumbre, presidente eleito para os próximos dois anos. Os novos integrantes foram eleitos por aclamação acordada, por ser chapa única.


  • 1º vice-presidente: Eduardo Gomes (PL-TO)
  • 2º vice-presidente: Humberto Costa (PT-PE)
  • 1ª secretaria: Daniella Ribeiro (PSD-PB)
  • 2ª secretaria: Confúcio Moura (MDB-RO)
  • 3ª secretaria: Ana Paula Lobato (PDT-MA)
  • 4ª secretaria: Laércio Oliveira (PP-SE)

Os suplentes serão:

  • Chico Rodrigues (PSB-RR)
  • Mecias de Jesus (Republicanos-RR)
  • Styvenson Valentim (PSDB-RN)
  • Soraya Thronicke (Podemos-MS)

Mesa Diretora da Câmara

Na Câmara, o PL terá a 1ª vice-presidência. A distribuição dos cargos entre os partidos foi definida conforme acordo entre as siglas que apoiaram Hugo Motta.


  • 1º vice-presidente: Altineu Côrtes (PL-RJ) com 440 votos
  • 2º vice-presidente: Elmar Nascimento (União Brasil-BA) com 427 votos
  • 1º secretário: Carlos Veras (PT-PE) com 427 votos
  • 2ª secretária: Lula da Fonte (PP-PE) com 437 votos
  • 3º secretário: Delegada Katarina (PSD-SE) com 445 votos
  • 4º secretário: Sérgio Souza (MDB-PR) com 432 votos

Os suplentes serão:

  • 1° suplente: Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP) com 395 votos
  • 2° suplente: Paulo Folletto (PSB-ES) com 389 votos
  • 3° suplente: Dr. Victor Linhares (Podemos-ES) com 388 votos
  • 4° suplente: Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP) com 371 votos

“Nenhum senador tem direito de atrapalhar a agenda do governo”

Segundo Alcolumbre, sua gestão irá “respeitar e ajudar” o governo federal com relação às pautas no Congresso Nacional.

“Vou trabalhar incansavelmente pela relação de harmonia com os outros Poderes. A agenda eleita na última eleição foi a agenda apresentada pelo presidente Lula. Nenhum senador tem direito de atrapalhar a agenda do governo. O governo terá sua agenda totalmente respeitada. Vamos ajudar na agenda do governo, no que couber ao parlamento”, disse Alcolumbre.


Alcolumbre, no entanto, afirmou que o Senado terá direito de decidir com o que concorda, e que as propostas devem passar por um rito de diálogos.

“Vamos trabalhar lado a lado, apoiando a agenda do governo. Mas queremos o direito de dizer se concordamos ou não. Muitas vezes opinar e dar um caminho para uma proposta é o caminho mais razoável para a aprovação”, afirmou.

Entre as pautas de urgência do governo no Congresso, em 2025, está a proposta que pretende zerar o Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil.

Na lista de prioridades também deve constar um projeto voltado para microempreendedores e outro que cria o Acredita Exportação, para estimular a venda de produtos brasileiros no exterior.


Estabilidade econômica e harmonia entre Poderes

Para Motta, o Legislativo “não tem tempo para errar” e que o povo brasileiro quer resultado.

Em seu discurso de vitória, afirmou que “defender a estabilidade econômica é defender a estabilidade social”.

“Nada pior para os mais pobres do que a inflação, a falta de estabilidade na economia. E a estabilidade é a resultante de um conjunto de medidas de responsabilidade fiscal. Não se apaga fogo com gasolina, não existe uma nova matriz de combate ao incêndio”, disse Motta.

O deputado também disse que não existe democracia em meio ao caos social. “Defenderemos a democracia porque defenderemos também as melhores práticas e medidas econômicas para defender a paz”, pontuou.

O novo presidente também fez apelos pela harmonia e independência entre os Poderes, além da união e diálogo no próprio Congresso. “Não existe um caminho da direita, da esquerda ou do centro, existe apenas o caminho do Brasil”, disse.

Sobre a defesa da democracia, Motta declarou que “não existe ditadura com parlamento forte”. Também citou frase de Ulysses Guimarães sobre o “ódio e o nojo à ditadura” e encerrou seu discurso dizendo “ainda estamos aqui”, em referência ao filme que conta a história de Rubens Paiva, deputado morto pela ditadura militar.


Fonte: CNN/ Metropoles/ G1/ Jornal a Tromba

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