A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se posicionou
contra os projetos de terceirização e redução da maioridade penal. Em
nota divulgado nesta sexta-feira (24), a principal entidade católica do
país, fez críticas às iniciativas em pauta no Congresso Nacional no
encerramento da 53ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP). Segundo
a nota, a entidade avaliou "com apreensão" a realidade brasileira,
"marcada pela profunda e prolongada crise que ameaça as conquistas, a
partir da Constituição Cidadã de 1988, e coloca em risco a ordem
democrática do país". Ainda no documento, a CNBB diz que “a lei que
permite a terceirização do trabalho, em tramitação no Congresso
Nacional, não pode, em hipótese alguma, restringir os direitos dos
trabalhadores. É inadmissível que a preservação dos direitos sociais
venha a ser sacrificada para justificar a superação da crise”, pontua.
Em relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC 171/1993), que
propõe redução da maioridade penal para 16 anos, a CNBB afirma que é um
“equívoco que precisa ser desfeito”. Segundo a instituição, a redução da
maioridade penal não é solução para a violência no país. “Investir em
educação de qualidade e em políticas públicas para a juventude e para a
família é meio eficaz para preservar os adolescentes da delinquência e
da violência”, aponta.
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