O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros
(PMDB-AL), não pretende imprimir um rito sumário ao processo de
impeachment, aprovado na Câmara dos Deputados; Renan será pressionado
pelo vice Michel Temer, pela oposição e por meios de comunicação
interessados na cassação imediata da presidente Dilma Rousseff, mas já
disse que "não irá manchar sua biografia"; a amigos, ele revelou que não
repetirá a história de Auro de Moura Andrade, que declarou vaga a
presidência da República, quando João Goulart foi deposto pelos
militares; ex-militante do PCdoB, Renan se vê diante de um desafio
histórico: o de encontrar uma saída política para a crise, preservando a
democracia; em relação ao impeachment, ele já disse que "sem crime de
responsabilidade é golpe.